A gestão municipal em Almada sempre considerou da mais alta importância a ligação do meio universitário à vida local, pugnando pela implantação no concelho de instituições do ensino superior.
A primeira instituição de ensino superior a instalar-se no concelho foi a FCT, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, que, aquando da reorganização de vários departamentos e cursos da Universidade Nova de Lisboa em Faculdades, veio a instalar-se no Monte da Caparica, em 1980.
Mas antes disso, e faz hoje anos – 16 de Março de 1979 – foi aprovada em reunião de Câmara proposta de celebração de convénio de colaboração no orientado para a facilitação da
instalação da Faculdade no Monte, mas já com vista ao estabelecimento de uma colaboração mútua de que viesse a lucrar o concelho e o seu desenvolvimento.
Ao longo dos anos a colaboração entre a FCT e Almada ampliou-se para os mais diversos campos, com o desenvolvimento de trabalhos e a implementação de projetos em áreas diversas, alguns dos quais precursores no plano nacional.
Note-se que a FCT foi a primeira Faculdade em Portugal a formar engenheiros do ambiente, área onde continua a ser uma escola de referência a nível nacional e internacional. A Câmara Municipal precursora também na área do ambiente contratou engenheiros do ambiente dos primeiros cursos e conta ainda hoje, no ativo, com um dos engenheiros saídos do 1° curso, o Engenheiro Sérgio Rebelo.
Defendemos o aprofundamento desta ligação da cidade ao meio universitário local, e entende que o desenvolvimento do Campus Universitário do Monte da Caparica, entrosando-se com o meio urbano envolvente, interagindo com ele, vai no sentido de, cada vez mais, ser um agente ativo de transformação da cidade, contribuindo para o aumento da sua atratividade. Assim considerado, o Campus é uma poderosa alavanca impulsionadora do desenvolvimento local.
A FCT que tem hoje 8 000 alunos, 430 professores, 1 000 investigadores, 200 funcionários, e uma vida académica intensa, está instalado num Campus que, embora seja um dos melhores
campus universitários portugueses e um dos maiores da Europa pode, nos seus mais de 60 hectares, e mesmo para além deles, vir a ser, ainda mais, um “pivot” de um projeto de desenvolvimento integrado que venha a “tracionar” outros agentes públicos e privados para uma participação ativa na transformação do território e na sua qualificação como espaço de elevada qualidade de vida.
Defendemos uma postura governativa municipal pró-ativa, que governe em parceria virtuosa com a Universidade, empresas e investidores, que, respeitando o ambiente, cumprindo a lei e
os seus tempos, tome as medidas necessárias e atempadas para que os necessários instrumentos de planeamento sejam elaborados, envolvendo as populações locais no seu debate, promovendo uma ampla participação das populações e dos agentes locais no conhecimento e debate dos conceitos e sua operacionalização territorial, como de resto é pressuposto nos processos de elaboração dos grandes instrumentos de planeamento macro e, como de resto é (era), tradição no concelho de Almada.
