sexta-feira, 9 de abril de 2021

Quarteis virtuosos. A batalha de uma escola.


 


Em 9 de Abril de 1992 - faz hoje anos - entrava em funcionamento a Escola Profissional de Música de Almada, por iniciativa do Centro Cultural de Almada, com o apoio da CMA, em instalações cedidas no Quartel da Costa Caparica da Associação de Beneficência e Serviço Voluntário de Incêndios de Cacilhas, onde a Câmara realizou o investimento necessário e assegurou as despesas associadas à utilização das instalações.

A Escola, recém fundada, tinha iniciado o seu funcionamento ainda no Solar dos Zagallos, em instalações em semi ruína, em Outubro de 1991, onde se manteve até à Páscoa de 1992.
Depois de obras de recuperação feitas pela Câmara nos Zagallos (obra com projeto do Arq. Vitor Mestre) a escola voltaria então para o Solar, em 1994, desenvolvendo a sua atividade formativa de excelência por longo tempo.
Registemos uma palavra de felicitações para os autores e iniciadores deste projeto, o Centro Cultural de Almada, com uma palavra de gratidão para as primeiras direções – Nuno Bernardo, José Manuel Brandão, Fernando Pavão (a primeira direção) e depois logo também a Susana Sardo, o António Vasconcelos, o José Jerónimo.
Na altura era Presidente da Direção dos Bombeiros de Cacilhas o José Alberto Gomes, sendo Comandante Serra da Silva e o 2º Comandante o nosso conhecido (e reconhecido) Clemente Mitra.
Estra escola viria a dar a Almada e ao País, músicos e artistas de grande virtuosismo e notoriedade.
Apenas alguns a título ilustrativo:
Abel Chaves, Carrilhanista de Mafra, Júlio Guerreiro, Guitarrista Clássico, Miguel Sedoura, alaudista, Délio Gonçalves, maestro da Banda da Armada, Jacinto Sado, clarinetista, presidente da Timbre Seixalense, , Março Fernandes, percussionista na Orquestra Metropolitana, Nuno Fernandes, tubista, dono da editora musical AVA musical editions, João Pedro Silva, saxofonista, com diversos CD's lançados e organizador do Festival internacional de saxofones de Palmela, Marcos Lázaro, violinista, professor de violino no Instituto Gregoriano de Lisboa, Anne Vitorino de Almeida, violinista, Eduardo Jordão, pianista, Sandra Martins, violoncelista, Pedro Araújo, percussionista, Nuno Mendes, violinista barroco, Rui Rosa, clarinetista, Susana Silva Batoca, flautista,…
Suficientemente elucidativo da importância nacional deste escolas é este dado: mais de metade das bandas militares são constituídas por ex alunos da EPMAA.
E tantos outros. Quem não conhece Mariza Liz? Também uma artista formada por esta escola.
A atual direção, constituída por Susana Silva Batoca e Fernando Pavão continuam este projeto de excelência. Para bem de Almada, cidade educadora de cultura. Para bem do País.
Bem hajam.

(Parte substancial da informação foi gentilmente assegurada pela Professora Susana Silva Batoca e, complementarmente, pelo Comandante Clemente Mitra. Muito obrigado a ambos)