segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Pavilhão Municipal do Laranjeiro - da ideia precursora que levou à sua construção ao sucesso de uma utilização intensiva


 

A 29 de Novembro de 1992 – faz hoje anos – era inaugurado o Pavilhão Municipal do Laranjeiro, seis meses depois da inauguração do Complexo Municipal dos Desportos Cidade de Almada, este o maior Pavilhão do País, até então.

Depois de anos de discussão no País sobre a necessidade de definição de um novo conceito de Pavilhão Gimno Desportivo que servisse simultaneamente as escolas e os clubes locais, a Câmara de Almada, através dos seus serviços de desporto - uma nota para todo o serviço, e para o Professor Henrique Cristo que estudou e propôs modelos, com visitas a Espanha para avaliar soluções implementadas em Orense - realizou estudos com vista à definição de uma tipologia adequada à esse objeto.
Surgiu a tipologia deste Pavilhão.

Totalmente financiado pela Câmara Municipal de Almada, sem qualquer financiamento do Ministério da Educação, veio a ser colocado à disposição da Escola Básica e Secundária Professor Ruy Luís Gomes.


Foi dos primeiros Pavilhões em Portugal que viria a concretizar a ideia de uma multiutilização por Escola e clubes, ideia que, só anos depois, se desenvolveria em Portugal. Daí a ação precursora da Câmara de Almada com a construção, a expensas próprias, de um conjunto de 3 Pavilhões Desportivos Municipais semelhantes - Costa, Charneca da Caparica e Laranjeiro.

Este pavilhão iniciou um regime de utilização permanente diária entre as 8:30-23.30h com educação física escolar, treinos e jogos dos clubes locais.

Altamente utilizado, veio a registar uma ocupação regular com provas regionais e nacionais e um regime de utilização de 10/15 jogos/eventos semanais, o que configura uma utilização ímpar a nível nacional.

Uma equipa técnica de grande empenho e competência coordenada pelo Professor Paulo Mamede, com envolvimento de encarregados e assistentes operacionais empenhos rubricaram, ao longo dos anos, uma modelar organização de serviços de apoio à atividade corrente e nos grandes eventos desportivos nacionais e internacionais.


Para além destes 3 pavilhões, integralmente construídos e financiados pelo Município, (e ainda o Pavilhão do Complexo Municipal dos Desportos, utilizado pela António Gedeão), todos e colocados à disposição das escolas, numa exemplar gestão conjunta, a Câmara Muncipal de Almada garantiu ainda o financiamento de 30 % do Pavilhão da António Gedeão, e na fase seguinte, construiu, no âmbito de um protocolo de colaboração com o Ministério da Educação, os Pavilhões da Escola Anselmo Andrade e o da Escola Daniel Sampaio, com o Ministério a pagar nos 3 anos seguintes segundo o contrato, mas apenas no 5° ano, depois de diligências judiciais , interrompidos por acordo amigável.

Faltava e falta ainda, nesta data, construir o Pavilhão o da Escola Básica e Secundária Francisco Simões.


 


segunda-feira, 22 de novembro de 2021

O Spot da Integração. Os skaters que fazem cidade.




Em 1993 eles estavam ali, no Parque da Juventude, a viver entusiásticamente os primeiros dias do 1º Skate Parque da Cidade e um dos primeiros do país.
Em homenagem aos Brunos, eles conseguiram o parque que a Maria Emília viria a construir para eles, a seu pedido - o Bruno's Skate Parque.
Décadas de um uso constante, skaters de todo o mundo a passar por ali, depois o seu tempo a passar-se, a partida para outras paragens, outros spots a impôr-se, vou ali a Barcelona, à Praça do Museu de Arte Contemporânea que é melhor e não é assim tão longe.
E depois a Praça da Liberdade - e de repente esta Praça a aparecer na lista dos melhores spots do mundo, a receber skaters de todos os continentes - e os novos skate parques a surgir por todo o país, como cogumelos, e os skaters de Almada a percorrer Portugal inteiro.
E o novo Skate Parque de Almada, em 2017, feito pela Câmara, com o apoio técnico, acompanhamento, supervisão dos skaters da old school.
E agora esta "ocupação" de um território periférico, no bairro rosa, onde assentaram arraiais e, com trabalho, suor e saber, construiram o spot que fez a "periferia" virar "centro" e onde os miúdos do bairro são reis.
Eles têm nome - o Rómulo, o Rui Serrão, o Carlos Mileu, o João Mendes, o Ricardo Duarte, o Rui Colaço, o Tiago Matos, o David Rato, o Ricardo Venâncio, o Manuel Rodrigues - mas o cartão do cidadão deste spot tem os nomes dos miúdos de um bairro inteiro.
Aqui, há cidade - que tem o melhor dos dois mundos, o do centro e o da periferia.
São os old skaters de Almada, a construiu futuros.
Parabéns a todos.
Parabéns ao Rui Dressen, há anos o "câmara" do pessoal.

Escola Básica de Vila Nova. Das funcionais instalações à excelente gestão pedagógica. Um exemplo de boa parceria entre direção escolar e Associação de Pais e encarregados de educação.



A Escola Básica de Vila Nova foi inaugurada em 22 de Novembro de 2003. Ela insere-se num conjunto de investimentos na área da infra estruturação educativa, na altura uma referência no plano nacional. Nos finais dos anos 90 e nestas duas décadas, a Câmara Municipal de Almada, projetou e construiu mais de uma dezena de escolas básica do 1º ciclo do ensino básico com Jardim de Infância, modernas e de tipologia avançada.
A Escola Básica de Vila Nova é uma dessas Escolas. Tem a tipologia base dos equipamentos escolares que a gestão municipal almadense implantou no concelho, e com que modernizou o parque escolar do 1ºciclo. Constituiram uma tipologia singular, avançada e única na região, à época.
Com 8 salas para o 1º ciclo e 2 para Jardim de Infância, este estabelecimento de ensino, como todos os da sua geração, foi dotado também de uma ampla biblioteca, refeitório, ginásio polivalente, uma sala multi-usos (pensada para atividades extra-curriculares, designadamente para prolongamento do tempo escolar, na altura uma solicitação das associações de pais e de amplos setores da comunidade educativa), e que então constituiu uma inovação a nível de tipologia, e ainda, sala de professores, sala de funcionária(o)s, gabinete de terapia e - inovação absoluta - uma sala para a Associação de Pais funcionar, para além de amplos espaços exteriores.
(é de lembrar que este edifício veio substituir as anteriores instalações, distribuídas por uma unidade, precária e provisória, e outra unidade que funcionou no r/ch de um prédio e ainda a escola do Areeiro, tantos anos com a Professora Teresa Ferro, como professora única. Recordo as minhas idas a esta escola. Obrigado, Professoras.)
Integrada no Agrupamento de Escolas da Caparica, dirigido pela Professora Isabel Santos, tendo como coordenadora a Professora Teresa Frade e contando com a excelente ação da Associação de Pais e Encarregados de Educação, é do domínio público que a escola tem um excelente ambiente educativo, uma atividade curricular bem sucedida e uma relevante ação no domínio de projetos de ligação à comunidade.
(Míticos, os arraiais dos Santos Populares nesta escola. Corre que a Associação de Pais faz ali, as "melhores bifanas" dos Santos Populares de Almada :) )
Invulgar no panorama escolar, o Clube Peões da Caparica, especializado na formação e competição no xadrêz, bem como na competição, tem a sua sede na escola e tem tido como Presidente a própria professora coordenadora Teresa Frade e desenvolve uma ação de formação desportiva de significativa relevância educativa.
Nesta ocasião, é justo endereçar à comunidade escolar as mais calorosas saudações pela ocorrência do 18º aniversário da inauguração das atuais instalações escolares, e felicitar a direção do Agrupamento, a coordenação da escola e a direção das Associação de Pais pela excelência do trabalho que desenvolve. Através deles, envia-se uma palavra de felicitação às famílias desta escola e uma palavra de compromisso.

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Associação de Professores do Concelho De Almada. Recurso e credora da cidade educadora que somos





Num concelho pródigo em associativismos como o de Almada é, foi fazendo sentido que os professores, num tempo histórico como aquele de que se dá conta nesta publicação, viessem a ter o seu próprio movimento aglutinador que a uma Associação de Profissionais deu origem.

Para melhor se entender esse movimento dou o meu modesto contributo que, em todo o caso, terá a condição de apresentar o ponto de vista de um professor que, durante todo o tempo em que surgiu, cresceu e deu origem à constituição formal da Associação, ocupou o lugar de vereador autárquico na área da educação e, nessa qualidade, acompanhou, de perto, os primeiros movimentos orgânicos que a ela conduziram.

O movimento associativo de professores conheceu ciclos de pertinência, vitalidade e de energia própria ao longo das últimas décadas, em particular depois da restauração da democracia. Desses ciclos não se dará conta neste depoimento, embora seja útil registar a quanta utilidade teria uma abordagem aos movimentos associativos em que os professores do concelho e da região se envolveram, quase todos orientados ou para o associativismo sindical onde tiveram e têm particular relevância, ou para a satisfação de necessidades de formação ou de organização da sua atividade profissional e para a gestão do sistema educativo local. O Pólo de Formação Continua dos Professores do concelho de Almada, nascido nos anos 90 e a “Inter-Conselhos Diretivos” da Área Pedagógica12 (Almada/Seixal) nascida nos anos 70, continuada depois pelos Conselhos Executivos e mais tarde pelos Diretores das escolas não agrupadas e agrupamentos de escolas, já então a nível da área pedagógica de Almada, ou a outro nível, a Cooperativa Aldeia Lar, na Sobreda, singular e bem sucedido movimento cooperativo de habitação, serão, entre vários outros, exemplos que atestam a apetência associativa dos educadores e professores e que constituem experiências de referência na região e no País.


A ideia de uma Associação de Professores e de constituição de uma Casa do Professor em Almada foram sendo aventadas em diferentes períodos históricos por movimentos associativos embrionários e difusos, mas ambas ganham energias próprias e convergentes e encontram no almoço convívio anual que a Câmara Municipal promove a partir dos anos 90 um espaço de manifestação e visibilidade.

Bem sabendo do interesse, ainda difusamente manifestado por alguns elementos do corpo docente do concelho, a então Presidente da Câmara Municipal Maria Emília de Sousa faz um apelo no sentido de constituição de uma Associação que aglutinasse os profissionais de ensino e adianta, por sua iniciativa – tive o privilégio de conferir previamente com ela a pertinência desta proposta e de ter aderido, com entusiasmo, ao seu avanço – a ideia da atribuição do Challet Ribeiro Teles, que a Autarquia tinha adquirido recentemente, para o lançamento da Casa do Professor. A proposta foi apresentada pela primeira vez num desses almoços de homenagem ao professor apresentado, nas Casas Velhas, na Caparica, sendo então mostrada a fotografia do imóvel, o que veio a desencadear um movimento de adesão e grande entusiasmo nos docentes presentes rapidamente extensivo a setores educativos mais vastos.

Em linha com o movimento impulsionador assim surgido, e na sequência da aproximação entre si de alguns docentes, com um percurso de uma especial dádiva pessoal à educação, iniciaram-se os primeiros contactos e tiveram lugar as primeiras reuniões para aferição da ideia e das possibilidades da sua concretização. Os professores Feliciano Oleiro, Glória Peres, Maria Carreiras, Maria Orada Emídio, Sebastião Ramos (que sairia a breve trecho), Judite Salvado constituíram o grupo inicial, reforçado, a partir de 29 de Junho de 2001, com Ana Maria Branco a partir de Janeiro de 2002 e com Jerónimo de Matos, a partir de Janeiro de 2003. A estes professores se fica a dever o trabalho de arranque, de debate de modelos associativos, de delineamento dos primeiros esboços dos primeiros estatutos (lembrar o primeiro esboço trazido à discussão pela Professora Judite Salvado, garantido que foi o apoio de familiar seu) e o traçado do caminho que em breve levaria à constituição formal da Associação. Honra lhes seja feita por um concelho grato!

Estes professores, alguns já falecidos, deixaram o seu nome escrito em livros e “na pedra” na história da cidade educadora que somos. Merecido, exemplar e educativo, que a principal e uma das mais recentes e modernas escolas básicas do 1º ciclo da freguesia de Almada, tivesse recebido o nome de “Feliciano Oleiro” por proposta feita à Camara por Maria Emília de Sousa e aprovada depois pela comunidade escolar.

 
Bom será continuarmos este caminho de reconhecimento dos homens e mulheres que deram décadas de exemplar dedicação à causa da educação na nossa terra, a ela acrescentando qualidade e mais valias de que hoje Almada se honra. A Câmara Municipal tem aqui um insubstituível papel no sentido de decidir, em articulação com a comunidade educativa, a atribuição de nomes de patrono aos estabelecimentos de ensino que ainda não os têm, honrando o nome de cidadãos exemplares e merecedores ou fixando outras designações tradicionais reconhecidas pela comunidade.

Em todo o percurso inicial e em todo o caminho, há uma figura incontornável, com a sua presença discreta e colaborante nas reuniões de trabalho e no apoio documental e administrativo ao grupo de professores, que é a Drª Paula Sousa, então já Diretora do Departamento de Educação e Juventude que, neste processo, como nos mais diversos e múltiplos dossiers associados ao crescimento do sistema educativo concelhio, teve relevante papel do ponto de vista do acompanhamento autárquico. Bem andou a APCA, ao atribuir o honroso estatuto de sócio honorário a esta Dirigente Municipal, figura de uma competência profissional, de dedicação pessoal e de uma importância discreta mas marcante em toda a organização municipal da educação nos últimos 25 anos. A sua ação profissional e enquanto dirigente foi importante neste lapso de tempo. Será seguramente fundamental para o próximo futuro.
No exercício da minha função de vereador responsável pela educação municipal em todo o tempo em que a Drª Paula foi dirigente, muito lhe devo e faço questão de aqui dar disso conta pública.

Uma palavra de esclarecimento sobre o Challet Ribeiro Teles. Cedido pela Câmara Municipal à Associação de Professores do Concelho de Almada, na posse desta alguns anos se manteve, na procura de linhas de financiamento que lhe permitisse avançar, ela própria, para a sua recuperação, sendo que a Câmara Municipal avançou com o apoio financeiro para a encomenda do projeto de recuperação. O objetivo acordado com a Câmara era que a Associação avançasse com a recuperação do imóvel, com fundos a obter, sendo que da Câmara sempre poderia contar com apoio financeiro para parte do investimento, como era regra em todas as obras associativas de monta no concelho. A impossibilidade de obtenção do apoio externo desejado levou a que viesse a ser estabelecido um acordo entre Associação e Autarquia que se traduziu no retorno do imóvel à posse da Autarquia, para que esta, logo que financeiramente fosse possível, se pudesse encarregar de proceder ao restauro geral do edifício. Este assunto merece uma referência e um compromisso concreto por parte da Presidente da Câmara Maria Emília de Sousa, na sua intervenção pública aquando da cerimónia de lançamento da 1ª pedra da obra das instalações da antiga Cooperativa Almadense para sede da USALMA, Universidade Sénior de Almada. Esse compromisso municipal, amplamente presenciado pela comunidade escolar presente, onde se contavam alguns dos atuais membros da Direção da APCA e vários dos membros da atual administração municipal, traduzia-se na decisão da Câmara avançar para recuperação do Challet e posterior entrega definitiva aos professores, em caso de vir a ser obtido financiamento comunitário para a obra da USALMA, financiamento que, à data, não era garantido ainda. Tal cenário veio a concretizar-se: A obra da USALMA obteve o apoio de fundos comunitários e a Autarquia avançou para a recuperação do edifício Ribeiro Teles, na Cova da Piedade, para a APCA ali poder abrir uma “primeira porta” da Casa do Professor.

 

A Casa do Professor foi uma das primeiras ideias – há quem considere ter sido uma ideia alavanca – da Associação de Professores. Mas também a construção de um Lar Residência cedo se colocou na ordem do dia, tendo a Câmara Municipal procedido à cedência de um terreno, na Charneca da Caparica, com vista a essa edificação.


A Associação de Professores nasce para trabalhar. Para os seus associados. Mas também para a cidade solidária e educadora que Almada é.

Desde a primeira hora, a APCA está centrada na cidade e nas necessidades dos seus cidadãos.

Num concelho em que os professores desempenham um tão relevante papel na construção de um concelho desenvolvido, onde a educação e a cultura assumem lugar de destaque, foram os Professores , no seio da sua recentíssima Associação, que assumiram esse desígnio de dar a Almada uma Universidade Sénior, que, pelo seu  formato e conceito e dimensão, rapidamente se  veio a situar nos lugares cimeiros das U.S. em Portugal. Recusando a ideia de um “centro de dia do saber”, antes promovendo uma ação intencional de “cruzamento de gerações”, em que cada uma dá o melhor de si para que todas lucrem

Sendo, como desde a primeira hora quis ser, uma instituição orientada para a educação ao longo da vida, a USALMA nasce também como instrumento de partilha de saberes, de promoção de atividades recreativas e desportivas, de promoção de relações de convivência intergeracional, um grande centro de dinamização de Almada Velha, uma instituição que emparceira ativamente com coletividades e centros de cultura, na dinamização cultural da cidade e do concelho, onde é já uma presença incontornável.

 

Desde a 1ª hora, a APCA afirma-se, então, como uma instituição dinamizadora da cultura almadense, integrando e reforçando, com os saberes e competências que lhe reconhece, a rede cultural de Almada e da Região.

Palestras e conferências, dinamização do livro e da leitura, promoção da multiculturalidade através da promoção de aulas de Português para falantes de outras línguas, estudo e divulgação da literatura portuguesa, dos seus autores e territórios, apoio à criação literária viagens e visitas de estudo, ações de divulgação científica, integram os riquíssimos planos de atividades que, todos os anos, a APCA delineia, promove e cumpre.

Em todos esses planos de atividades há uma pedra de toque, o profundo enraizamento na comunidade que deseja servir com as reconhecidas competências de que é portadora, construindo parcerias com várias instituições locais, nos domínios da saúde para todos, apoio a cidadãos com deficiência, literacia digital, etc., …

A APCA tem futuro. Pelos associados que tem. Pelo seu enorme potencial de crescimento.

E o concelho de Almada tem um melhor futuro com o trabalho de uma Associação assim.

 

António Matos

(Texto publicado no livro "Memória Viva", uma Associação bem sonhada, da autoria da Professora Maria Carreiras Seabra, lançado em 22 de Outubro de 2021, em Almada Velha.)

 

 

 

ESCOLA SECUNDÁRIA DO MONTE DA CAPARICA. Novas instalações. A qualidade educativa de sempre.

 






A 27 de Outubro de 1982 entrava em funcionamento a Escola Secundária do Monte da Caparica, na altura vocacionada sobretudo para as áreas científico-naturais, designadamente da Química, para o que tinha na altura os laboratórios mais bem equipados da região.

Nos primeiros anos de funcionamento a Faculdade de Ciências e Tecnologia, da U.N. Lisboa, usaria estes laboratórios para os seus alunos.
A escola viria, entretanto e mais tarde, a conhecer níveis avançados de degradação, o que levaria a ser objeto de uma intervenção pela Parque Escolar, obra interrompida durante largos anos, período em que os alunos tiveram aulas em pavilhões pré-fabricados.
A partir do presente ano letivo, a escola passa a contar com excelentes instalações.
A qualidade do corpo docente e do corpo de funcionários auxiliares foram sempre mais valias que mantiveram intocável o prestígio pedagógico deste estabelecimento de ensino.
Nesta ocasião, é justa uma palavra de gratidão e um aplauso para as equipas de profissionais de ensino que por esta escola passaram ao longo da sua história.

Saúdo as sucessivas equipas, através de uma palavra de gratidão, endereçada aos Presidentes dos Conselhos Diretivos, Professores Pedro Teixeira Pinto, Cremilde Caldeira, Berta Vieira da Silva, Teresa Moura e os Presidentes dos Conselhos Executivos, Professoras Manuela Carolino e Fernanda Jogo, e as Diretoras Professoras Manuela Dâmaso e a atual, Senhora Professora Isabel Santos, a quem agradeço o contributo para a elaboração desta lista de nomes.

A todos saúdo, cumprimentando a atual equipa diretiva, que, para além da Professora Isabel Santos, inclui também a Srª Sub- Diretora Luísa Faro, as professoras Lurdes Silva, Maria João,...
A cidade Educadora de Almada orgulha-se de escolas assim.
Parabéns !

ESCOLA BÁSICA Nº 1 do MONTE DA CAPARICA - Da qualidade da infra-estrutura à exemplaridade da ação docente



A 27 de Outubro de 1982 era inaugurada a Escola Primária nº 2 do Monte da Caparica, atual Escola Básica nº1.
Parabéns a toda a comunidade escolar, professores e assistentes, que constituem um exemplar corpo profissional, de grande dedicação e empenho.
Uma saudação especial a toda a população que por esta escola passou.
Avançava a infra-estruturação educativa do concelho, seguindo a tipologia P3, que nunca viria a revelar-se ajustada ao modelo educativo português e que, por isso, viu as escolas serem objeto de transformações internas que transformaram os núcleos abertos em salas individuais e autónomas.
Intervencionada em sucessivos momentos da sua história, viria a incluir um edifício destinado a jardim de infância público, que foi inaugurado a 24 de Outubro de 2001, altura em que, sob o impulso dos executivos liderados por Maria Emília de Sousa, foi lançado um audacioso programa de construção de modernos edifícios escolares para o 1º ciclo e para a educação pré-escolar, com tipologia própria, concebida pelos serviços da Autarquia, depois de debate e diálogo com os professores.
O logradouro desta escola foi também dos primeiros a ser incluído na última geração de programas de requalificação do parque escolar do 1º ciclo que coordenei na Câmara, o programa de requalificação geral dos logradouros escolares e de construção de palas de ensombramento.
Infelizmente o ritmo de intervenção municipal viu o seu ritmo cair abruptamente após 2017. É necessário retomar esse ritmo de construção e de reabilitação dos edifícios e logradouros escolares, com vista à qualificação geral do parque escolar do ensino básico público.
A ideia é que nas áreas sociais mais desqualificadas se deveria proceder a fortes investimentos, no sentido de criar as melhores condições de prática educativa para essas zonas.
Ao longo dos anos, foi desenvolvido um profícuo e permanente diálogo com os educadores e professores no sentido de levar em consideração o entendimento dos profissionais de ensino no desenho das intervenções municipais.

Justa é uma referência geral aos professores, assistentes e auxiliares, expressando a maior das gratidões pela sua permanente e profunda dedicação ao ensino das crianças e à gestão geral do sistema educativo local.

Bem hajam, pois, as equipas, coordenadas pelos sucessivos diretores.
Os Srs Diretores, Professores Eugénia Anacleto, Fernando Silva, Maria Luísa Marcelino, Palmira, Maria Conceição Alves, e os coordenadores Professores Madalena Pessanha, Licínio Grosso, e o último e atual, Professor Miguel Duarte, a quem agradeço me ter ajudado a ser concreto na expressão da nossa gratidão, relembrando nomes, são professores e pedagogos em quem saúdo todos os que nestas escolas da freguesia e do concelho trabalharam.

Bem hajam, amigos, educadores e professores.
Bem hajam, senhoras e senhores assistentes técnicos e operacionais.
Vós sois os verdadeiros construtores do edifício humano da nossa terra.
Saibamos todos merecer o vosso exemplo.

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

A CHARNECA DA CAPARICA. Do PRESENTE onde chegámos ao FUTURO que construiremos.


Em tempos de debate sobre o que foi feito ou o que devia ter sido feito pelo Poder Local naquela que é a maior freguesia do concelho de Almada, é útil escrever uma brevíssima síntese do que foi realizado até à data pela Câmara.
De 2017 a 2021, algumas repavimentação e uma ou outra rotunda.
Mas até 2017, a Câmara, sob gestão da CDU, realiza uma obra de grande dimensão, nas mais diversas áreas.
Sintetizemos:
Até 2017, a CMA constrói na Charneca aquelas que são as escolas básicas mais modernas de todo o concelho, com uma ampla oferta de salas, largamente suficientes para toda a freguesia. São elas:
AS ESCOLAS
- Jardim de Infância de Marco Cabaço
- Escola Louro Artur
- Escola Presidente Maria Emília
- Escola de Santa Maria
E ainda:
- Cedência de terreno e construção da Escola Básica de Carlos Cargaté (1ª escola Básica Integrada construída por uma Câmara Municipal em Portugal e entregue, chave na mão, ao Ministério da Educação).
- Cedência do terreno e Financiamento do bloco do 1º ciclo, na Escola Básica Integrada de Vale Rosal
Para além da construção do edifício da Junta de Freguesia e do Mercado Municipal, foi lançado um ambicioso
Programa de edificação de equipamentos desportivos, a saber:
- Pavilhão Desportivo Municipal da Charneca da Caparica
- Piscinas Municipais da Charneca da Caparica
- Arrelvamento do campo de futebol (financiamento com 330 000 euros) do Charneca da Caparica F.C
- Polidesportivos descobertos
Foram também concedidos apoios financeiros de monta que permitiram a edificação das novas sedes sociais e instalações desportivas das associações
- Centro de Atividades Ocupacionais e Lar Residência da Associação Rumo ao Futuro.
- Associação Columbófila da Charneca
- Vitória Clube das Quintinhas (sede e ringue)
- Amigos dos Atletismo da Charneca
- Escuteiros da Charneca
- Real Clube de Vale Cavala (ringue)
e ainda um largo conjunto de obras nas instalações de:
- Clube Recreativo Os Amigos da Quinta da Saudade
- Clube Recreativo Charnequense
- Clube Desportivo e Recreativo da Quinta Nova
- Charneca da Caparica F.C.
- Associação de Moradores da Aroeira, sede e polidesportivo
- CENTRO DE CUIDADOS CONTINUADOS DE SAÚDE e RESIDÊNCIA DE IDOSOS, da Cooperativa Almadense de Solidariedade
E ainda a Construção de:
- Parque Aventura
- Parque da Quinta da Regateira
- Parque Urbano dos Quintinhas
Merecendo ainda ser referidas a cedência de terrenos e espaços para:
- Quartel da GNR
- Centro de Saúde
- Casa do Bombeiro, Lar Residência Nacional da Associação Reviver Mais
- Diversas coletividades e Instituições Particulares de Solidariedade Social.
- Diversos Centros de Dia de Apoio a Idosos
- Nova Igreja e equipamentos sociais associados
Forte investimento no plano da estrutura viária e equipamento básico, de que se dão alguns exemplos:
Construção da 1ª fase do IC 32 – 1as. Duas vias, iniciativa e financiamento municipal
Via Estruturante de ligação Vale Figueira/Charneca.
Reservatório do Cassapo
Grande coletor de Vale Cavala à Costa da Caparica;
Gigantesco programa de saneamento básico em toda a freguesia
Plano de Pormenor do NOVO CENTRO TERCIÁRIO DA CHARNECA, aprovado pela Assembleia Municipal, por proposta da Câmara municipal, em 30 Novembro 2016 e publicado no D.R. em Dezembro de 2016.
Área Industrial da Qta Conde Mascarenhas (loteamento municipal).
Alameda Amália Rodrigues
Projeto de reconversão em alameda urbana da Estrada Nacional 377/1
Hortas Municipais
Aprovação, em contrato de urbanização, de plano para a construção de Hotel na Herdade da Aroeira
Está tudo feito? Não!
Falta fazer ainda muito.
É isso que nos propomos fazer
É preciso continuar o caminho do investimento em novas realizações, dispensando uma especial atenção à educação, à ação social, à mobilidade e acessibilidade, bem como às necessidades dos cidadãos no que diz respeito à prática desportiva e à criação e fruição cultural.
Será construída uma nova escola básica do 1º ciclo com Jardim de Infância.
Serão desenvolvidos procedimentos para que avance a necessária escola secundária, de forma a dar resposta às necessidades dos cerca de 1 500 alunos dos 10º, 11º e 12º anos desta freguesia.
Será ampliada a rede municipal de equipamentos culturais com a construção de uma unidade de dimensão compatível com a freguesia e de uma biblioteca municipal.
É necessário apoiar as associações da Charneca da Caparica para a concretização dos seus projetos, também eles necessidades das populações locais.
O Pavilhão do Vitória das Quintinhas é para ir para a frente.
Os novos campos de futebol é projeto para ir para a frente.
O apoio ao Clube Pedro Pessoa, com uma sede social, é fundamental, pelo excecional trabalho que desenvolve.
A sede para o Rancho da Morgadinha é para ir para a frente.
A construção de um novo pavilhão é necessidade a colocar na ordem do dia. A debater com os clubes.
O apoio aos clubes e coletividades é objetivo assumido, em todas as dimensões associadas às necessidades das populações locais.
Um grande impulso no processo de regularização das AUGIs, o avanço da requalificação de estruturas viárias, a qualificação urbana, integrarão um amplo conjunto de ações que afirmarão a Charneca da Caparica como grande centro urbano de elevada qualidade de vida.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Da 1ª pedra à inauguração - 4 anos de querer e trabalho voluntário. Parabéns aos Amigos do Atletismo.

 




A 17 de Junho de 2013 era lançada a 1ª pedra da construção da sede social dos Amigos do Atletismo da Charneca da Caparica, que viria a ser inaugurada em Junho de 2017, 4 anos depois.

Em dia de celebração, é tempo de aplaudir a coletividade. Os seus dirigentes. A Madalena Mota. O António Mota. O Manuel Longo. O de tantos outros associados que que deram o melhor e tanto de si pelo crescimento dos “Amigos”

Sinalizar este dia é também relembrar que esta obra se insere num vasto programa e num tempo de intensa atividade de construção de novas sedes sociais  e instalações desportivas em toda a freguesia, por decisão municipal e através de um grande investimento da Autarquia e de muito trabalho voluntário dos associados das coletividades.


Assim, em poucos anos, foi construída na Charneca da Caparica a maior rede de equipamentos associativos jamais desenvolvida em qualquer freguesia do concelho de Almada. Essa rede é constituía pelos seguintes novos equipamentos:

- Centro de Atividades Ocupacionais e Lar Residência da Associação Rumo ao Futuro.

- Associação Columbófila da Charneca

- Vitória Clube das Quintinhas (sede e ringue)

- Amigos dos Atletismo da Charneca

- Escuteiros da Charneca

- Real Clube de Vale Cavala (ringue)

- Associação de Moradores da Aroeira, sede e polidesportivo

- Charneca da Caparica F.C.

- CENTRO DE CUIDADOS CONTINUADOS DE SAÚDE e RESIDÊNCIA DE IDOSOS, da Cooperativa Almadense de Solidariedade

 

Foi ainda realizado um largo conjunto de obras nas instalações de:

 - Clube Recreativo Os Amigos da Quinta da Saudade

- Clube Recreativo Charnequense

- Clube Desportivo e Recreativo da Quinta Nova

 

Foi também lançado um ambicioso

Programa de edificação de equipamentos desportivos, a saber:

 - Pavilhão Desportivo Municipal da Charneca da Caparica

- Piscinas Municipais da Charneca da Caparica

- Arrelvamento do campo de futebol (financiamento principal) do Charneca da Caparica F.C

- Polidesportivos descobertos.

 Afirmava-se assim a opção da gestão CDU na Câmara Municipal de Almada em construir na Charneca uma vasta rede de equipamentos, tratando de financiar de forma expressiva, as que as coletividades e outras associações, sob o impulso da Autarquia, puderam fazer.

 A partir de 2017, este programa de construções para a Charneca foi interrompido pela atual administração municipal, situação que, face às necessidades da freguesia, não se compreende nem se aceita.

Importa retomar o processo de construção de novos equipamentos sociais, culturais e desportivos para as populações da Charneca da Caparica.

  

É preciso continuar o caminho do investimento em novas realizações.

 

A CDU entende que é necessário apoiar as associações da Charneca da Caparica para a concretização dos seus projetos, também eles necessidades das populações locais.

A CDU, na Câmara Municipal, entende que:

O Pavilhão do Vitória das Quintinhas é para ir para a frente.

Os novos campos de futebol é projeto para ir para a frente.

O apoio ao Clube Pedro Pessoa, com uma sede social, é fundamental, pelo excecional trabalho que desenvolve.

A sede para o Rancho da Morgadinha é para ir para a frente.

A construção de um novo pavilhão é necessidade a colocar na ordem do dia. A debater com os clubes.

O apoio aos clubes e coletividades é objetivo assumido, em todas as dimensões associadas às necessidades das populações locais.

 

 

 

 


sábado, 5 de junho de 2021

O Pavilhão Municipal da Costa da Caparica e a exemplaridade da utilização escolar e desportiva


 

A 5 de Junho de 1993 era inaugurado o Pavilhão Municipal da Costa da Caparica.
Depois de anos de discussão no País sobre a necessidade de definição de um novo conceito de Pavilhão Gimno Desportivo que servisse simultaneamente as escolas e os clubes locais, a Câmara de Almada, através dos seus serviços de desporto - uma nota para todo o serviço, e para o Professor Henrique Cristo que estudou e propôs modelos, com visitas a Espanha para avaliar soluções implementadas em Orense - realizou estudos com vista à definição de uma tipologia adequada à esse objeto.
Surgiu a tipologia deste Pavilhão.
Totalmente financiado pela Câmara Municipal de Almada, sem qualquer financiamento do Ministério da Educação, veio a ser colocado à disposição da Escola Básica 23 da Costa da Caparica e à disposição dos clubes da cidade.
Foi dos primeiros Pavilhões em Portugal que veio a concretizar a ideia de uma multiutilização por Escola e clubes, ideia que, só anos depois, se desenvolveria em Portugal. Daí a ação precursora da Câmara de Almada com a construção, a expensas próprias, de um conjunto de 3 Pavilhões Desportivos Municipais semelhantes - Costa, Charneca e Laranjeiro.
Este pavilhão iniciou um regime de utilização permanente diária entre as 8:30-23.30h com educação física escolar e treinos e jogos dos clubes locais.
Altamente utilizado, veio a acolher:
- Torneios Internacionais de Lutas, Halterofilismo, Artes Marciais,
- Campo de Férias do Youth Camp Europe da NBA
- Campeonatos Distritais Ginástica
- Fases Finais Nacionais de campeonatos nacionais jovens Basquetebol, andebol, voleibol, futsal
- Cursos de formação de treinadores (várias modalidades)
- Abertura do campeonato mundial Júnior de surf (por países)
E um regime de utilização de
10/15 jogos/eventos semanais, o que configura uma utilização ímpar a nível nacional.
Uma equipa técnica de grande empenho e competência coordenada pelo Professor Paulo Mamede, com envolvimento de encarregados e assistentes operacionais empenhos rubricaram, ao longo dos anos, uma modelar organização de serviços de apoio à atividade corrente e nos grandes eventos desportivos nacionais e internacionais.
Bem hajam todos quantos se envolveram na exaltante tarefa de construção de uma rede de Infraestruturas desportivos municipais, onde este equipamento se inclui.
A sua ação percursora é o "lastro" onde repousa o trabalho programático que estamos a fazer com vista ao novo impulso que irá ser dado no plano das novas construções desportivas que o concelho precisa para responder aos novos desafios do futuro.

Sobre o o 1º Skate Parque de Almada


A 5 de Junho de 1993 foi inaugurado o 1º Skate Parque de Almada, no novo Parque da Juventude, depois de um movimento de skaters ter insistido junto da Presidente Maria Emília de Sousa pela necessidade deste equipamento. A Presidente viria a assumir perante eles o compromisso da sua construção, o que viria a acontecer em curtíssimo espaço de tempo.

Batizado pelos primeiros skaters de Almada como o Bruno´s Skate Parque, em homenagem a dois colegas recentemente falecidos, viria a ter um importante papel no desenvolvimento do Skate em Portugal. Por aqui passaram gerações de skaters de todo o País
“Foi inaugurado há 28 anos... como passa depressa o tempo”, desabafa comigo o Rui Dressen Serrão, figura proeminente da geração dos “old skaters” almadenses, que desfia o grande número de skaters que, ao longo dos anos ali encontrava a sua “segunda casa”:
"Foram principalmente duas gerações no Brunos, começou com o Nuno Carvalho, Cláudio Clau-Clau, Rui Colaço, Carlos Ornelas, André Rodrigues, David Rato, Pedro Sousa, Carlos Mileu, Rómulo Pereira, Luís Cruz, Tiago Duarte, Pedro Filipe, Ivo Dias, Rui Serrão. Depois veio o Tiago Matos, Pedro Matos, João Mendes, Tiago Fradique, Carlos Neves, Amir Issufo, Vitor Delgado entre outros".
"No “novo” Brunos existe um grupo de miúdos que frequentam bastante o Park, como é o caso Bruno Senra, Tiago pinto, Tomás pinto, Adilson Pedro e Fábio Dinis", afirma
Ao longo da história do Skate, vários são os almadenses que têm sido campeões nacionais, sendo que Almada é considerada a grande cidade portuguesa do Skate.
Em 2017, a gestão municipal de então inaugura, com a comunidade skater, o novo skate parque de Almada, que resultou da expansão e profunda transformação e ampliação do skate Parque anterior. Este novo parque foi construído pela Câmara - responsabilidade técnica do Professor Paulo Mamede, com acompanhamento técnico presencial permanente dos skaters de Almada. Aqui, um destaque para o Rui Dressen. Para ele, a minha gratidão.
“Honra e Glória aos skaters de Almada”.
A cidade orgulha-se deles.
Como estamos focados no futuro, preparamos novos investimentos para responder às necessidades de desenvolvimento do Skate, e para afirmar a centralidade nacional do concelho de Almada.
Sobre isso, aqui voltaremos em breve, em novo artigo.

terça-feira, 25 de maio de 2021

OS VOLUNTÁRIOS, AS ASSOCIAÇÕES DE SOLIDARIEDADE SOCIAL E A PANDEMIA

    OS VOLUNTÁRIOS

Estudo realizado pela Câmara Municipal caracterizava a população idosa do concelho e concluía: A larga maioria dos 35 000 cidadãos com mais de 65 anos residentes no concelho, eram ASSOCIADOS DE UM OU MAIS CLUBES OU COLETIVIDADES. E o estudo propunha à Autarquia que pudesse aprofundar esta singular característica da população almadense. Os almadenses são ASSOCIADOS de instituições associativas sem fins lucrativos e, ao longo da sua vida, participaram ativamente na vida associativa, tendo muitos deles larga experiência de participação ativa na gestão dessas associações. Ou seja, os almadenses, dão, ao longo da vida, muito do seu tempo, energia e saberes à comunidade.
O associativismo é, pois, um traço identitário da comunidade almadense.
E o associativismo trás consigo uma atitude e uma postura – o voluntariado.
O voluntariado tem em Almada, uma enorme relevância no contexto das atividades comunitárias – sabemo-lo bem. O nosso clube de eleição, a nossa coletividade, a associação onde se pratica desporto, se frui a cultura, se promove o recreio, estão cheios de amigos nossos, de almadenses que se dedicam, no dia a dia, à organização das atividades necessárias ao nosso bem estar. Voluntariamente.
A pandemia constituiu a ocasião para as atividades de voluntariado adquirirem uma relevância transcendente. Milhares de almadenses entram em dificuldades crescentes para assegurarem o bem estar mínimo das suas famílias, o acesso à alimentação do dia a dia, roupas e agasalhos.
As Instituições Particulares de Solidariedade Social, as IPSSs – as de génese civil e popular e as que assentam nas comunidades confessionais – afirmam-se, vitais para garantir a sobrevivência de centenas de famílias nas várias freguesias e, nalguns casos, a dignidade mínima de muitos dos nossos concidadãos. O "pão de cada dia" chega então a muitos cidadãos pela via do trabalho de profissionais de serviço e ação social dessas instituições (deles se falará noutra ocasião) e pela ação voluntária de muitos diligentes voluntários que se dedicam por inteiro (nalguns isso significa o tempo pessoal inteiro) ao serviço dos outros.
Hoje, razões circunstanciais levaram-me a visitar uma Instituição Social (que já bem conhecia pelo seu notável ação social no Bairro Branco) que opera num dos Bairros mais carenciados do nosso concelho – O Bairro Branco – na Rua da Bela Vista, no Monte da Caparica, o Centro Comunitário Cristo Rei.
É uma instituição conhecida e reconhecida na freguesia da Caparica. Muitos anos a trabalhar naquela zona. A apoiar quem mais precisa.
Hoje o meu destaque vai para os voluntários da ação social. Para os voluntários das IPSS.
E para os voluntários do Centro Social Paroquial do Cristo- Rei.
E para ação notável que fazem na LOJA 10. Lá se distribui géneros alimentícios, roupas.
“Dar de comer a quem tem fome”, ali, cumpre-se.
São os voluntários que ali, fazem acontecer.
A minha homenagem hoje a quem me deu mais um exemplo de dedicação aos outros e a quem precisa.
Manuseando géneros, acolhendo famílias, levando a tantos o pão nosso de cada dia:
A professora Graça, a São e a Cesaltina.
Bem hajam. A minha gratidão. Pela dedicação. Pelo exemplo.
(Hoje não falo do óbvio – da insuficiência do papel do Estado, da ineficácia do Estado Social, do desenvolvimento socio económico e das razões pelas quais ele não beneficia todos os cidadãos, da dignidade humana. Voltaremos a isto)