terça-feira, 25 de maio de 2021

OS VOLUNTÁRIOS, AS ASSOCIAÇÕES DE SOLIDARIEDADE SOCIAL E A PANDEMIA

    OS VOLUNTÁRIOS

Estudo realizado pela Câmara Municipal caracterizava a população idosa do concelho e concluía: A larga maioria dos 35 000 cidadãos com mais de 65 anos residentes no concelho, eram ASSOCIADOS DE UM OU MAIS CLUBES OU COLETIVIDADES. E o estudo propunha à Autarquia que pudesse aprofundar esta singular característica da população almadense. Os almadenses são ASSOCIADOS de instituições associativas sem fins lucrativos e, ao longo da sua vida, participaram ativamente na vida associativa, tendo muitos deles larga experiência de participação ativa na gestão dessas associações. Ou seja, os almadenses, dão, ao longo da vida, muito do seu tempo, energia e saberes à comunidade.
O associativismo é, pois, um traço identitário da comunidade almadense.
E o associativismo trás consigo uma atitude e uma postura – o voluntariado.
O voluntariado tem em Almada, uma enorme relevância no contexto das atividades comunitárias – sabemo-lo bem. O nosso clube de eleição, a nossa coletividade, a associação onde se pratica desporto, se frui a cultura, se promove o recreio, estão cheios de amigos nossos, de almadenses que se dedicam, no dia a dia, à organização das atividades necessárias ao nosso bem estar. Voluntariamente.
A pandemia constituiu a ocasião para as atividades de voluntariado adquirirem uma relevância transcendente. Milhares de almadenses entram em dificuldades crescentes para assegurarem o bem estar mínimo das suas famílias, o acesso à alimentação do dia a dia, roupas e agasalhos.
As Instituições Particulares de Solidariedade Social, as IPSSs – as de génese civil e popular e as que assentam nas comunidades confessionais – afirmam-se, vitais para garantir a sobrevivência de centenas de famílias nas várias freguesias e, nalguns casos, a dignidade mínima de muitos dos nossos concidadãos. O "pão de cada dia" chega então a muitos cidadãos pela via do trabalho de profissionais de serviço e ação social dessas instituições (deles se falará noutra ocasião) e pela ação voluntária de muitos diligentes voluntários que se dedicam por inteiro (nalguns isso significa o tempo pessoal inteiro) ao serviço dos outros.
Hoje, razões circunstanciais levaram-me a visitar uma Instituição Social (que já bem conhecia pelo seu notável ação social no Bairro Branco) que opera num dos Bairros mais carenciados do nosso concelho – O Bairro Branco – na Rua da Bela Vista, no Monte da Caparica, o Centro Comunitário Cristo Rei.
É uma instituição conhecida e reconhecida na freguesia da Caparica. Muitos anos a trabalhar naquela zona. A apoiar quem mais precisa.
Hoje o meu destaque vai para os voluntários da ação social. Para os voluntários das IPSS.
E para os voluntários do Centro Social Paroquial do Cristo- Rei.
E para ação notável que fazem na LOJA 10. Lá se distribui géneros alimentícios, roupas.
“Dar de comer a quem tem fome”, ali, cumpre-se.
São os voluntários que ali, fazem acontecer.
A minha homenagem hoje a quem me deu mais um exemplo de dedicação aos outros e a quem precisa.
Manuseando géneros, acolhendo famílias, levando a tantos o pão nosso de cada dia:
A professora Graça, a São e a Cesaltina.
Bem hajam. A minha gratidão. Pela dedicação. Pelo exemplo.
(Hoje não falo do óbvio – da insuficiência do papel do Estado, da ineficácia do Estado Social, do desenvolvimento socio económico e das razões pelas quais ele não beneficia todos os cidadãos, da dignidade humana. Voltaremos a isto)

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